Os militares fazem o atendimento pré-hospitalar até a chegada da ambulância
A atuação das equipes de motorresgate do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) contribui para que 98,1% das vítimas de acidentes de trânsito no Distrito Federal cheguem com vida a hospitais. Somente neste ano, essas equipes fizeram 22,8 mil atendimentos.
O comandante do Grupamento de Atendimento Pré-Hospitalar (GAEPH), tenente-coronel Clayson Fernandes, explica que o tempo médio para chegada dos militares ao local do acidente é de 8 minutos.
“Quanto mais rápido chegarmos ao local, melhores serão as condições do paciente. A dupla de motorresgate transporta equipamentos para dar o atendimento inicial, inclusive com desfibrilador externo automático. Caso a vítima tenha uma parada cardiorrespiratória, há mais chances de reverter o quadro até a chegada da ambulância”, ressalta o comandante
O Motorresgate é a primeira atividade do CBMDF a empregar o uso de motocicletas em atividade operacional. Em 2009, quando foi criado o serviço, a capacitação era oferecida pela Polícia Militar do DF (PMDF) por meio do curso de Motociclista Militar. Em 2013, o CBMDF passou a oferecer o curso baseado na experiência dos profissionais que atuam no serviço, reunindo várias técnicas aprendidas em capacitações realizadas em outros estados.
A capacitação para motociclista operacional tem duração de trinta dias, sendo 200 horas/aula. Além disso, o militar precisa fazer um curso voltado para o atendimento pré-hospitalar para estar apto a exercer a função. O sargento Venâncio Filho, que atua há 4 anos no serviço, explica que o curso de motociclista operacional divide-se em quatro módulos: direção defensiva, auto risco, escolta, e noções de mecânica.