Nicole Vasconcelos
O Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, delegado Alessandro Moretti, reuniu-se nesta quinta-feira (28), com representantes da Câmara Técnica responsável pelo Programa de Segurança Preventiva para Ofendidas em Medidas Protetivas de Urgência.
Dr. Moretti fala sobre a relevância da questão da Mulher: “Vamos dar bastante atenção ao tema”, afirma. Pretende também incrementar a base de dados, para maior precisão, e continuar com a parceria do Poder Judiciário, que considera de suma importância nos processos. “O mais importante é salvar a vida de mulheres”, completa.
A Coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher, juíza Luciana Lopes Rocha, conta que o grupo faz um trabalho de excelência e comenta sobre a importância dos Estudos Teóricos da SSP/DF. “O objetivo é que as mulheres busquem o Estado, pois ele rompe o ciclo de violência”, diz.
Durante a reunião, os participantes citaram o dispositivo de segurança preventiva que funciona a partir de aplicativo para celulares (rastreamento acionado por botão). Quando a mulher se sente ameaçada, devido à aproximação do agressor, pode acioná-lo. Imediatamente é atendida por uma equipe da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que chega ao local em que a vítima se encontra. A Juíza Luciana sugere que a própria vítima descreva a área de exclusão que ela acredita que precise, para sentir-se protegida.
A Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade da SSP/DF (SUPREC), em conjunto com a Subsecretaria de Gestão da Informação (SGI), apresentaram dados do Sistema de Monitoramento, que foram discutidos pelos presentes.
O Subsecretário da SUPREC, Daniel Nazi, explica: “A Secretaria vem se aprimorando para dar segurança efetiva às mulheres. A missão é trazer proteção a elas. Vamos diagnosticar, propor programas e avaliar as ações”. O trabalho conjunto com o Ministério Público, Defensoria Pública e Forças de Segurança foi citado por ele como sendo essencial para o sucesso do Projeto de Prevenção, para sua melhoria e aperfeiçoamento.
A delegada Sandra Melo, que chefia a unidade especializada no combate à violência contra a mulher (DEAM), apresenta sua preocupação com as denúncias dos agressores que, por vezes, são retiradas pela vítima:“Presenciei caso em que houve prisão preventiva e a mulher não queria que ele fosse preso”. A delegada acredita que para o programa ser efetivo, depende da colaboração da mulher. “O comportamento da própria vítima quebra todos os termos de proteção que o Estado oferece. Ela mesma rompe a proteção. Temos que trabalhar a dependência emocional”, afirma.