Shismênia Oliveira
Carro perde a direção e bate em poste, no horário de pico. Parte da região em volta fica sem energia. A vítima do acidente se machuca com gravidade. O veículo pega fogo. O trânsito precisa ser desviado para outras vias. Este é um dos exemplos de casos que acontecem com frequência em uma cidade grande, a exemplo de Brasília, que exige solução urgente para que a rotina da cidade não sofra alterações. Aqui entrará em ação o Centro Integrado de Operações de Brasília (CIOB), inaugurado, nesta quinta-feira (5).
São vinte e dois órgãos do Governo do Distrito Federal que trabalharão, diariamente, de forma integrada, na Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP/DF). O órgão reunirá, em um centro de gestão compartilhada, ações de segurança pública, mobilidade, fiscalização, serviço e saúde.
Em casos complexos, a exemplo das manifestações populares e incidentes que impactam a dinâmica da Capital, a estrutura do CIOB será fundamental para minimizar e até evitar prejuízos à população. Em um único espaço, as instituições presentes no Centro terão mais capacidade de dar respostas em tempo hábil.
O prédio onde funcionará o CIOB gerenciava somente as operações de segurança pública, a exemplo dos atendimentos de urgência dos chamados via 190 e 193. Com a inovação, haverá mais prevenção, eficiência e rapidez no atendimento diário de ocorrências, como afirmou o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Cristiano Sampaio, durante a cerimônia de inauguração do Centro. “O que construímos de novo foi um sistema integrado de operações em Brasília com outras agências, pois já havia a integração dos sistemas das forças de segurança”.
No caso de um acidente de trânsito, os serviços de emergências serão otimizados. Será mais fácil, por exemplo, determinar qual viatura será deslocada, se do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e/ou do Corpo de Bombeiros. O CIOB também acionará o deslocamento de viaturas dos órgãos de trânsito, de equipe da Companhia Energética de Brasília (CEB), entre outros.
Para readequar o imóvel da SSP/DF que abrigará o CIOB, foram investidos apenas R$ 380 mil. Com o amadurecimento das atividades, a expectativa é que unidades que funcionam em prédios alugados possam ser transferidas para o espaço físico do CIOB, gerando grande economia aos cofres públicos.
Câmeras de segurança
Com a nova dinâmica de trabalho, os sistemas de videomonitoramento do GDF serão compartilhados na base de dados do CIOB. Da SSP/DF são pelo menos 280 câmeras ativas em Brasília, Ceilândia, Taguatinga, Riacho Fundo e Areal. Há ainda outros quatrocentos equipamentos de instituições e órgãos públicos, como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Secretaria de Turismo (Estádio Mané Garrincha).
Parcerias com instituições privadas também estão em andamento. Cerca de 50 câmeras de postos de combustíveis já enviam imagens para a SSP/DF. Até o final de julho, serão mais 350 equipamentos de comércios.
Quem integra o CIOB
Além da Casa Civil, que é a coordenadora do projeto, e a SSP/DF, fazem parte do Centro Integrado de Operações de Brasília:
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